O Trabalho é uma prática transformadora da realidade que viabiliza a sobrevivência e a realização do ser Humano, por meio do ato e do produto de seu trabalho, o homem percebe sua vida como um projeto elaborado e conduzido por ele mesmo.
Alocado dessa forma à sociedade e às suas atividades, o estudo do trabalho transformou-se em um campo fértil para o desenvolvimento das ciências sociais e comportamentais, criando uma arena transdisciplinar que facilitou o diálogo e a cooperação entre essas ciências. A compreensão das relações entre os processos subjetivos e produtivos tornou-se imperativo do equilíbrio econômico, da saúde e da felicidade humanas, desde a implementação da tecnologia do vapor, em meados do século XVIII.
Nesse momento, a adaptação do desempenho humano a fluxos racionalizados de produção demandava domínio mais profundo e sistematizado sobre a relação entre os fluxos de produção e o contexto, assim como, nesta segunda década do século XXI, o engajamento no trabalho demanda auto-gestão das próprias competências, vínculos, carreira e sincretismo da inserção na estrutura de redes (Ginsbourger, 2011). O aparecimento da psicologia organizacional e do trabalho (POT), no fim do século XIX, foi uma resposta a essa demanda; e sua institucionalização, como espe- cialidade das ciências comportamentais, cresceu e tornou-se uma das contribuições mais significativas para o desenvolvimento da administração dos negócios e da qualidade de vida, a partir dos trabalhos de Münsterberg, no início do século XX.